ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima

As mudanças climáticas já causaram impactos sobre as condições de vida e trabalho das pessoas, assim como sobre a vida selvagem e o meio ambiente. O impacto dessas mudanças depende do nível de aquecimento global. Um aumento de um grau na taxa da temperatura da Terra terá um impacto ecológico grave.

O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, de 2013, analisou quatro cenários possíveis sobre as mudanças climáticas até 2100. Na visão mais pessimista, o relatório aponta que, se o aquecimento continuar no mesmo ritmo, a temperatura do planeta subirá 5°C até 2100.

Em uma visão mais otimista, a elevação da temperatura irá variar entre 0,3°C e 1,7°C entre 2081 e 2100.

Mudança na precipitação média - 1986-2005 a 2081-2100
Estimativa de emissões de gases de efeito estufa - 1990-2016

Em 2016, o Brasil estava classificado como o sétimo maior emissor de GEE, sendo responsável por 3,4% das emissões globais. 

Se comparadas as emissões de 1990 e de 2016, verifica-se, segundo dados do Observatório do Clima, que as emissões brutas aumentaramde 1.722.670.709 t CO2e* para 2.277.855.679 t CO2e.

* toneladas de carbono equivalente

No ranking de emissões por estado, em 2016, os cinco maiores emissores de gases de efeito estufa foram: Pará, Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e São Paulo.

Santa Catarina, em 2016, estava na posição: 16ª.

Percentual das emissões de gases de efeito estufa no estado em relação ao total do Brasil - 2000/2010/2016
Percentual das emissões de gases de efeito estufa por setor - 1990-2016

A mudança do clima, provocada pelo aquecimento global, é decorrente tanto de causas naturais, como, principalmente, de atividades humanas, conforme destaca o Relatório Avaliação do Fundo Clima(2016), elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Brasil (IPEA), em conjunto com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), em convênio entre a CEPAL e o Ministério do Meio Ambiente.

Em 2016, os setores Mudança de Uso da Terra e Floresta e Agropecuária são as maiores responsáveis pelas emissões de GEE no Brasil, com 51,25% e 21,92% respectivamente.

Neste estado, em 2016, os setores que mais emitiram GEE foram: Energia (43,13%) e Agropecuária (33,29%).

Desde 2008, o Brasil vem implementando medidas relacionadas diretamente ao assunto, quando criou o Plano Nacional de Mudanças Climáticas; em 2009, foi definida a respectiva Política Nacional, regulamentada em 2010; em 2013, em conjunto com o Ministério das Cidades, foi elaborado o Plano Setorial de Transportes e Mobilidade Urbana para Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas; por fim, em 2015, foi aprovado o Plano Nacional de Adaptação.

Além desses marcos nacionais citados, em 2009, foi criado pelo governo brasileiro o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). Trata-se de um grupo científico criado para estudar o tema do aquecimento global na perspectiva nacional. Sua estruturação teve como inspiração o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC) fundado no âmbito das Nações Unidas pela Organização Meteorológica Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Dentre esse conjunto de iniciativas, destaca-se, também, o Fundo Clima, instrumento específico de que dispõe o Brasil para o financiamento de sua Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

Linha do tempo no Brasil - 2015