ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

A taxa de urbanização era de 70,64%, em 1991, passando para 83,99% em 2010. Com um contingente populacional de 6.248.436 pessoas, em 2010, Santa Catarina tinha 16,01% de sua população morando na área rural.

O estado apresentou taxa de crescimento anual de 1,85%, entre 1991 e 2000, e 1,55% entre 2000 e 2010. A densidade demográfica era de 65,29 hab/km² em 2010.

Taxa de urbanização - 1991/2000/2010

As cidades brasileiras, em geral, ainda não conseguiram resolver necessidades gerais de infraestrutura, como a relacionada à habitação transporte, além de serviços públicos essenciais, como água e esgoto, saúde, educação, energia, áreas verdes.

Em 2010, 1,43% da população vivia em aglomerados urbanos subnormais (favelas e similares), ou seja, 75.236 pessoas.

A pesquisa do Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) realizada pelo IBGE, em 2017, mostrou que em 44 municípios de Santa Catarina (14,92%) contavam com favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados; em 19 (6,44%) tinham cortiços, casas de cômodos ou cabeças de porco; em 230 (77,97%) apresentavam loteamentos irregulares e/ou clandestinos; e em 10 (3,39%) tinham ocupações de terrenos ou prédios por movimentos de moradia. 55 municípios (18,64%) apresentavam nenhuma das situações relacionadas à precariedade nas condições de habitação.

Para ser considerado proprietário, o residente deve possuir documentação legal que garanta esse direito, seja ela de propriedade ou de aluguel. A proporção de moradores, em 2015, com acesso ao direito de propriedade (própria ou alugada) era de 96,48%.

Percentual de moradores urbanos vivendo em aglomerados subnormais (favelas e similares) - 2010
Déficit habitacional relativo - 2010

O déficit habitacional do Brasil – número de cidadãos sem moradia adequada – em 2010, era de 12,09%, correspondente a 6.940.691 domicílios.

No estado, em 2010, 9,01% dos domicílios se enquadravam em algum critério de déficit habitacional, o que correspondia a 179.763 domicílios.

Na área urbana, existia um déficit habitacional de 160.760 unidades, o que representa 9,01% dos domicílios; na área rural o déficit habitacional era de 19.003 unidades, o que equivale a 6,31% dos domicílios.

A mobilidade se constitui em outro importante aspecto da vida nas cidades, pela sua importância no acesso ao espaço urbano. Está diretamente relacionada aos modos de transporte coletivo, que também precisam ser seguros, acessíveis, sustentáveis, inclusivos e a preço acessível para todos, além de ecologicamente sustentáveis.

No estado, em 2015, 80,59% (2.189.824 pessoas) gastavam, em média, até 30 minutos para chegar ao trabalho e 15,56% (422.782 pessoas) mais de 30 minutos até 1 hora.

Uma opção para maior mobilidade urbana é a utilização de ciclovias. O Brasil, em 2014, tinha cerca de 70 milhões de bicicletas, mas não oferecia lugares exclusivos e seguros para se trafegar, especialmente nas metrópoles.

Segundo o levantamento da ONG Mobilize Brasil, em 2016, a soma das malhas cicloviárias de 12 capitais brasileiras* era de 190,4 e passava longe dos mais de 1200 km de vias que os ciclistas têm à disposição só em Berlim e Amsterdã.

*Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Campo Grande, São Paulo, Fortaleza, Aracaju, Recife, Florianópolis, Salvador, Cuiabá e Porto Alegre.

Tempo gasto da moradia ao local de trabalho - 2001/2015

Em 1990, 79,99% dos moradores urbanos contavam com o serviço de coleta de resíduos. Em 2015, este percentual aumentou para 99,77%.

Percentual de moradores urbanos com serviço de coleta de resíduos - 1990-2015

O IBGE, juntamente com Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), realizaram um estudo sobre população em áreas de risco no Brasil. Em 2010, foram monitorados 872 municípios onde haviam 2.471.349 domicílios situados em áreas com risco de enchentes e deslizamentos de terra. Nesses domicílios moravam 8.270.127 pessoas, o que corresponde a 8,95% da população brasileira.

No estado, em 2010, foram monitorados 78 municípios onde haviam 116.166 domicílios situados em áreas com risco de desastres naturais. Nesses domicílios moravam 376.323 pessoas, representando 9,34% da população do estado.

Segundo a pesquisa do Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) de 2017, realizada pelo IBGE, indica que nos 4 últimos anos, dos 5.570municípios brasileiros, 2.706 foram atingidos por secas (48,58%), 1.729 por alagamentos (31,04%), 1.093 por processos erosivos acelerados(19,62%), 1.515 por enchentes ou inundações graduais (27,20%), 1.590 por enxurradas ou inundações bruscas (28,55%) e 833 por escorregamentos ou deslizamentos de encostas (14,96%). Em 3.308 municípios brasileiros (59,39%) não tinham nenhum instrumento de planejamento que contemplem a prevenção de desastres naturais e apenas 821 municípios (14,74%) tinham plano de contingência e/ou prevenção para a seca.

Considerando o estado, nos 4 últimos anos, dos seus 295 municípios, 49 foram atingidos por secas (16,61%), 202 por alagamentos (68,47%), 76 por processos erosivos acelerados (25,76%), 176 por enchentes ou inundações graduais (59,66%), 204 por enxurradas ou inundações bruscas (69,15%) e 124 por escorregamentos ou deslizamentos de encostas (42,03%). Em 2017, 127 municípios de Santa Catarina (43,05%) não tinham nenhum instrumento de planejamento que contemplem a prevenção de desastres naturais e apenas 28 municípios (9,49%) tinham plano de contingência e/ou prevenção para a seca.

Percentual de pessoas morando em áreas com risco de desastres naturais - 2010