Secretário-geral das Nações Unidas desafiou os investidores a dobrarem seus investimentos anuais até 2020, chegando a US$ 660 bilhões.
Mais de 500 investidores globais se reuniram na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, no dia 27 de janeiro, para movimentar os trilhões de dólares que estimularão a energia limpa no mundo. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, desafiou os investidores a, no mínimo, dobrarem suas aplicações direcionadas a esse tipo de energia, alcançando US$ 660 bilhões até 2020.
Ao destacar que 2015 foi o ano mais quente já registrado na história mundial, Ki-moon afirmou que os mercados têm a evidência de que precisavam para aumentar seus investimentos no crescimento resiliente de energia limpa. “O mundo conta com vocês para agir na velocidade e escala necessárias para transformar a economia global”, sublinhou.
O chefe da ONU chamou a atenção para o aumento de investimentos para energias limpas, que em 2015 acumulou US$ 330 bilhões — mais de seis vezes a quantidade de 2004. No entanto, ele explicou que é preciso mais para manter o aumento da temperatura em níveis aceitáveis e limitar os riscos causados por alterações climáticas.
“Investidores e negociantes que redirecionarem seus recursos para o crescimento com baixo carbono e resiliência climática serão os centros do poder econômico do século 21”, declarou o chefe da ONU. Para ele, o setor privado “é o motor que guiará as soluções climáticas de que precisamos”, reduzindo os riscos climáticos, acabando com a pobreza energética e criando um futuro mais seguro. Organizada pela Ceres, a Fundação da ONU e o Escritório das Nações Unidas para Parcerias, a reunião teve o objetivo de catalisar um deslocamento dos investimentos para a energia limpa que seja rápido o suficiente para convergir com os pontos acordados na Conferência de Paris sobre o Clima (COP21), que incluem reduzir as emissões de gases do efeito estufa para zero.
Os cinco passos para a ação dos investidores
O secretário-geral da ONU defende grandes mudanças na economia global, entre elas:
1) Planos nacionais climáticos em países desenvolvidos precisam ser financiados;
2) Fundos de pensão devem acelerar a descarbonização da economia;
3) O setor bancário precisa continuar aumentando o mercado verde e mudando suas políticas de empréstimo para apoiar os investimentos “sustentáveis”;
4) A indústria de seguros precisa fortalecer os esforços para a resiliência climática e a redução de riscos de desastres, especialmente nos países mais vulneráveis;
5) Investidores precisam saber como os impactos das mudanças climáticas podem afetar empresas, setores e mercados financeiros como um todo.
“Cidades e empresas reconhecem os benefícios econômicos que vêm com o combate à mudança climática, e elas estão dando um grande exemplo estabelecendo objetivos claros e medindo o impacto de seu trabalho”, afirmou o enviado especial do secretário-geral da ONU para Cidades e Mudanças Climáticas, Michael R. Bloomberg.
“Quanto mais informações fiáveis os investidores têm sobre mudanças climáticas, mais fácil tomar decisões informadas, e isso ajudará a direcionar mais financiamento para projetos que reduzem a poluição com carbono e promovem o crescimento econômico sustentável”, concluiu ele.
Fonte: Instiuto Ethos / ONU Brasil / Editora Expressão.