Idealizado a partir dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (recentemente criado o 18o. ). O evento acontece em Florianópolis (SC), de agosto a novembro, trazendo um itinerário de atrações imperdíveis, como apresentações artísticas, oficinas de artes e palestras com temáticas plurais. Direcionado às artes e ao desenvolvimento sustentável, tendo como premissa a construção de um mundo mais justo e igualitário para todos. Todas as atividades foram concebidas a partir dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda 2030 – programa global adotado pelas Nações Unidas para promover um futuro sustentável, a partir da abordagem de questões como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, ação climática e proteção dos ecossistemas. Promover reflexões sobre os saberes dos povos originários – indígenas; negros; a diversidade da comunidade LGBTQIAPN+ e Pessoas com deficiência caracterizam-se como esse espaço democrático e inclusivo.
“Confluir é um termo que nos inspira estarmos juntos, procurando novos caminhos. Caminhos que se cruzam, se juntam e se separam para chegar em seus destinos. Termo conceituado pelos saberes das culturas originárias como as indígenas e quilombolas, hoje se apresenta necessário na emergência das crises humanitárias e climáticas do mundo todo”, afirma Bia Mattar, uma das idealizadoras do projeto.
Nos dias 20 a 24 de novembro o “Painel Diverc(s)idade” traz o professor e pesquisador Manuel Gama, do Instituto PolOBS, da Universidade do Minho em Portugal, para colaborar com a discussão sobre a cultura e os ODS. Para o também gestor cultural português, “produzir cultura é essencial para o desenvolvimento sustentável do planeta”.
Compreendida como um conjunto de modos de vida, valores, tradições e manifestações artísticas, segundo definição da Unesco, a cultura fornece ferramentas para pensar e agir quanto ao uso de novas tecnologias em favor da humanidade. E, dessa forma, contribuir, direta ou indiretamente, para o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 – documento assinado pelos 193 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), entre eles o Brasil. Trabalho decente e crescimento econômico; Redução das desigualdades; Cidades seguras e sustentáveis; Promoção da igualdade de gênero; Saúde e bem-estar. Estes são alguns dos ODS atravessados pelo fomento à cultura.
Objetivo: Contribuir para a definição da Agenda de Desenvolvimento Sustentável pós-2015, e nessa sede, salientar o papel essencial da cultura.
A afirmação das culturas, assim como o conjunto das políticas que foram postas em prática para o seu reconhecimento e viabilidade, constitui um fator essencial no desenvolvimento sustentável das cidades e territórios no plano humano, econômico, político e social. Convidar criadores e artistas a comprometerem-se com as cidades e com os territórios, identificando problemas e conflitos da nossa sociedade, melhorando a convivência e a qualidade de vida, ampliando a capacidade criativa e crítica de todos os cidadãos e, muito especialmente, cooperando para contribuir à
resolução dos desafios das cidades. Promover a integralidade da relação entre a cidadania, a cultura e o desenvolvimento sustentável.
A democracia cultural constitui um dos elementos centrais da cidadania ativa, na medida em que promove a participação e o diálogo. Assim, a democracia cultural constitui-se como um dos elementos centrais que permitem evitar que alguém, injustificadamente, se alegue o direito de menorizar ou de exterminar uma determinada cultura, fazendo apelo a critérios de supremacia, excelência ou universalidade. Esta situação pode implicar disputas ou tensões, pelo que os direitos humanos universais deverão ser respeitados em todas as circunstâncias.
O desenvolvimento sustentável, ou sustentabilidade, requer a combinação de um conjunto de fatores interligados (culturais, ambientais, sociais e económicos). É importante o desenvolvimento de políticas específicas em cada âmbito, bem como a transversalidade e a integração dos diferentes âmbitos entre si.
“A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa diversidade manifesta-se na originalidade e na pluralidade das identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a humanidade. Fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é tão necessária para o género humano como a diversidade biológica o é para a natureza. Neste sentido, constitui o património comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras” (Unesco, 2002, p.3).
Professor e Palestrante:
MANUEL CARLOS LOBÃO DE ARAÚJO E GAMA Doutor em Estudos Culturais/Sociologia da Cultura, mestre em Educação Artística e licenciado em Gestão Artística e Cultural. Estágio de pós-doutoramento em Ciências da Comunicação na UM (Portugal), USC (Espanha) e USP (Brasil). Pesquisador integrado do CECS-UM, coordenador do 2CN-CLab e do PolObs. Áreas de investigação: Políticas Culturais, Gestão Cultural, Redes Culturais, Públicos da Cultura.
Tema: A Cultura e os ODS na Agenda 2030
Quando?
Oficina: Dia 21 de novembro
Das 19h às 21h30
Local: SHOPPING OKA FLORIPA
SC-405, 4397 – Campeche, Florianópolis – SC, 88065-000
Palestra: Dia 22 de novembro
Das 20h às 21h30
Local: SHOPPING OKA FLORIPA
SC-405, 4397 – Campeche, Florianópolis – SC, 88065-000
CONFLUIR nas redes
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Produção
O CONFLUIR FESTIVAL MULTICULTURAL é um evento patrocinado pelo Programa de Incentivo à Cultura – PIC da Fundação Catarinense de Cultura e Governo de Santa Catarina. A realização é da Café Maestro Produções, conta com o apoio do Shopping Oka Floripa, tem como empresa incentivadora o Supermercado Hiper Select.