9 Exemplos inspiradores de aplicação dos ODS apresentados pelo Comitê da Grande Florianópolis

, , Carine Bergmann 30 de maio de 2020
 9 Exemplos inspiradores de aplicação dos ODS apresentados pelo Comitê da Grande Florianópolis

#SemanaODSnaPrática

Entre os eventos permanentes do Movimento Nacional ODS Santa Catarina está a Semana ODS na Prática, que ocorre sempre na última semana de maio e na última semana de setembro.

De 25 a 29 de maio foi realizada uma série de eventos entre os comitês em SC. O Comitê da Grande Florianópolis apresentou um webinário com 9 cases de signatários, na manhã de 29. O tema foi “Como aplicar os ODS na Prática”.

Com a mediação da coordenadora Caroline Pereira Nunes, integrantes do projeto Armário Coletivo, Sesc SC, Portobello, Engenheiros sem Fronteiras, Instituto Padre Vilson Groh, Vereador Caê Martins, Instituto Nexxera, CAU e CPDI se inscreveram para fazer relatos inspiradores.

O evento teve apoio da Facisc, da Coordenação Estadual e dos demais comitês de Santa Catarina. Veja a seguir um resumo desses relatos. Se preferir, acompanhe todo o Webinário:

Soluções para o alcance dos ODS

“Decidimos encarar o desafio de apresentar 9 cases neste webinário para mostrar a diversidade das ações, e como esses 9 signatários compreendem os ODS, como trazem da teoria para a prática. ”

(Caroline Pereira Nunes – Coordenadora do Comitê ODS da Grande Florianópolis)

A seguir, os resumos dos relatos de pessoas físicas, jurídicas, organização de classe e ONGs que apresentaram seus cases em cerca de 5 minutos cada um, seguido de perguntas dos internautas.

1 –Na pandemia, o premiado Armário Coletivo também recebe máscaras e alimentos

O Armário Coletivo Floripa, da signatária Carina Zagonel, foi premiado pelo Movimento em 2019 pelo seu projeto de compartilhamento de roupas, sapatos e demais objetos. No cenário da pandemia do novo coronavírus, Carine conta que o Armário também ganhou espaço para compartilhar alimentos e máscaras em seu bairro. Uma ação de incremento à economia local.

Carina apresentou “Armário Coletivo e as pessoas” mostrando o que aconteceu na pandemia. O armário da Vargem Pequena, o primeiro da série, está há 5 anos na rua.

“Logo no começo, meus vizinhos tiveram a ideia de pegar a mesa que estava li no lado e colocar um toldo para colar comida. Foi um transbordamento do compartilhamento. A gente entende que quando o compartilhamento é absorvido pelo sistema, ele é contínuo. Não é pautado por um evento ou estação do ano. Acontece de forma orgânica.

Os doadores compram direto do supermercado, que entrega os mantimentos na rua onde está o armário. Em uma área de sítios, vizinhos compartilham frutas, ovos e verduras,e é uma abundância muito grande”, conta Carina Zagonel.

Além das comidas, em parceria com o Ateliê Catarina, o Armário começou a distribuir máscaras na Lagoa da Conceição, Vargem Pequena, Rio Tavares e Ingleses. Foram 65 máscaras distribuídas.

“As máscaras são deixadas aos poucos para que as pessoas peguem e se protejam. Acontecem na rua, é uma nova contribuição, um novo modelo de distribuir, uma nova educação.  Os números ainda são pequenos, mas o intuito é a valorização das pessoas que estão fazendo”, diz a signatária.

2 – No SESC, Projeto Envolva-se distribui máscaras. Já são mais de 26 mil em SC

Criado como solução na pandemia, o Projeto Envolva-se do SESC SC surge pela necessidade de atender às comunidades em vulnerabilidade social.

“Sabemos que muitas pessoas não têm condições de adquirir as máscaras de proteção pessoal. Os preços variam entre R$ 5 e R$ 10. O essencial para um dia de trabalho seria em torno de 4 máscaras. Isso daria em torno de R$ 40 por pessoas para ter 8 máscaras para poder trabalhar”, relata Vanessa Radünz Salles, que apresenta o projeto.

“O Sesc vem com projeto para que as famílias possam ter acesso a essa proteção de graça. Trazemos a responsabilidade sócio-ambiental, a ligação entre voluntários e doadores de tecido, de linha. Trabalha a cooperação por meio de um cadastro via link. Fazemos a produção dessas máscaras e logo depois distribuímos para as comunidades”, conta Vanessa.

Os ODS alcançados são ODS 3 – Saúde e Bem-Estar, ODS 10 – Redução das Desigualdades e ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação. Foi feita a divulgação entre voluntários, com acesso a aulas de como costurar as máscaras.

O Projeto

– Um kit doado é montado com tecido, elástico, linha, agulha tesoura, para a realização em casa. O SESC faz a logística de entregar esse material nas casas dos voluntários, para que não saiam de casa.

– O Sesc faz a separação do material, a coleta e a entrega. São rotas no Sul da Ilha, no Norte da Ilha, no Continente e Centro. Depois, faz o retorno das entregas, mostrando fotos, onde foi entregue.

– Uma das voluntárias, Maria Carmen, diz que o projeto é uma ponte entre as pessoas que querem fazer o trabalho entre as pessoas que necessitam de doações. Para ela é gratificante, principalmente com costura, para proteger e salvar vidas.

– As máscaras são higienizadas, vão com embalagem e um Card que explica os cuidados para que a máscara dure mais. Assim, o projeto visa também a educação em saúde.

– O Sesc recebe doações de tecido 100% algodão, TNT, agulha, linha, elástico, tesoura, malha ou fio de malha. Os contatos são feitos com empresas ou pelo link. As pessoas podem acessar e dizer que são doadores, que vamos até elas receber as doações.

– O Sesc também faz acompanhamento das entregas, registrando com fotos e depoimentos nos locais onde atua.

– Entre as 14 instituições já beneficiadas, 220 voluntários cadastrados e 2286 máscaras em Florianópolis. No estado, 99 instituições, 443 voluntários cadastrados e mais de 26 mil máscaras confeccionadas em 24 unidades de SC.

O objetivo é ampliar as ações e o Sesc continua solicitando das doações, principalmente, tecidos, linhas e elásticos. Contatos com Vanessa Radünz Salles – vanessa.9453@sesc-sc.com.br – (48) 9 8871-9437. Ou no site do SESC.

3 –Portobello atenta às comunidades durante pandemia

Alessandra Santos apresentou as ações da Portobello em relação à Covid-19. No ODS 3 – Saúde e Bem-Estar, foram feitas doações de revestimentos cerâmicos para dois hospitais, um no RS e outro em SC, que reformaram alas exclusivas para pacientes da Covid-19. Também foram realizadas doações para Fundação Vidal Ramos e Lar Santa Maria da Paz, em Tijucas.

Também foi feito um plano de contingência para prevenir a disseminação da doença, tanto na empresa em Tijucas como nas outras unidades, sempre buscando medidas de distanciamento, higiene, e também transparência na comunicação com colaboradores e a comunidade.

– A Portobello foi apoiadora oficial da Maratona da Solidariedade promovida pela NDTV, que buscou arrecadações de alimentos em várias cidades de SC.

– Ainda no ODS 3, a empresa viabilizou 5 respiradores para o Hospital São José, em Tijucas. Em parceria com a Secretaria de Saúde do Município.

“Em relação ao ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico, a empresa se responsabilizou em não desligar nenhum funcionário neste momento. Sabemos que o Brasil é um país muito rico, mas também muito desigual, que já sofre com os problemas sociais que vão ser afetados ainda mais com essa pandemia. Seria ainda muito pior demitir”, conta Alessandra Santos.

Costura Solidária, 7 mil máscaras

A empresa também criou a campanha costura solidária, buscando costureiras da região de Tijucas que fornecessem máscaras para empresas. Essas máscaras foram direcionadas para colaboradores da empresas, entidades e instituições. Foram arrecadadas 7 mil máscaras e 140 costureiras as distribuíram. Foram para moradores de ruas, entre outros, com doações de acordo com critérios internos.

Há uma unidade de negócio da Portobello na região metropolitana de Maceió, onde também foram doadas cestas básicas para pessoas carentes da região.

4 – Engenheiros sem Fronteiras: Lavatórios com sabonetes nas áreas de vulnerabilidade

A ONG Engenheiros Sem Fronteiras, rede internacional de engenheiros e estudantes de engenharia, que atua em mais de 65 países, trabalha um dos pilares de seus projetos baseado nos ODS.

Na pandemia, boa parte dos projetos estão parados e a ONG está desenvolvendo ações relacionadas à Covid-19. EM SC, Joinville e Florianópolis têm voluntários nesta ONG. Em Florianópolis, a voluntária Camila Dalmaz Quillfeldt apresentou o projeto.

Projeto Uma Mão Lava a Outra

Baseados na recomendação da OMS – Organização Mundial de Saúde, que tem a lavagem das mãos como uma das principais orientações de prevenção à Covid-19, está sendo realizado o projeto Uma Mão Lava a Outra,  pela  ONG Habitats para a Humanidade, que convidou os ESF para participar.

– O projeto prevê a instalação de lavatórios com sabonetes nos principais acessos nas comunidades em situação de vulnerabilidade, visando mitigar a proliferação da doença.

– Os ESF estão em contato com líderes comunitários e já atuaram em 16 pontos de aglomerações de pessoas.

– Segundo o cronograma, até a segunda quinzena de julho, todos os pontos devem estar instalados. Os ODS neste projeto, são ODS 3 – Saúde e Bem-Estar, ODS 6 – Água Potável e Saneamento, ODS 10 – Redução das Desigualdades e ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação.

– Os ESF também estão apoiando campanha de arrecadação de alimentos para as associações de catadores de Florianópolis, em sintonia com os ODS 2, 10, 11 e 17. Também estão pedindo ajuda para conseguir equipamentos de proteção individual.

– Para participar acesse o link.Este projeto ainda está precisando de patrocínio. A meta é triplicar os recursos existentes.

5 –Instituto Padre Vilson Groh prioriza combate à fome

As ações da Rede IGV – Instituto Padre Vilson Groh envolvem um grande grupo de organizações e já são bem conhecidas em Florianópolis. Quem apresentou o IGV foi Priscila Souza.

Neste momento de pandemia, os projetos estão abrangendo mais fortemente comunidades do maciço do Morro da Cruz entre outras em vulnerabilidade. As açõesenvolvem, além do ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável, ODS 4 – Educação de Qualidade, ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico, 10 – Redução das Desigualdades e ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação.

“Educação, Convivência e fortalecimento de vínculos, acolhimento institucional, capacitação e inserção ao mercado de trabalho e pré-vestibular e programa de bolsas são temas que estamos trabalhando”, conta Priscila.

– Neste período o trabalho do IVG está mais focado no ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável de apoio às comunidades empobrecidas por conta do novo coronavírus com recebimento e coleta de cestas básicas, kits e higiene e limpeza e máscaras de proteção para as comunidades.

– O Instituto mantém apoio a famílias que já eram atendidas pela rede IVG. São 1717 famílias, 6.718 pessoas atendidas quinzenalmente.

– Até esta apresentação foram 2.060 cestas distribuídas e R$ 260.978,00.

– Mais de 7 mil máscaras de proteção. As entregas ocorrem dentro de organizações das comunidades que compõem a rede, via cadastro.

– A proposta é ser um trabalho contínuo de apoio às famílias para proteger a cidade de um colapso social.

– IGV também está trabalhando com doação de produtos orgânicos e de moeda social via parcerias com projeto orgânico Solidário e Icom.

São muitas parcerias importantes. Algumas são Bistek, UFSC, Floripa Amanhã, entre muitas outras, a quem o Instituto agradece muito.

“Não citamos todas as parcerias aqui, porque são muitas. Mas agradecemos imensamente pelo apoio”, diz Priscila, lembrando a frase do Padre Vilson:

“Um sonho que se sonha junto pode virar realidade. ”

Começando na Moeda Social

No Projeto Moeda Social do ICOM – Instituto Comunitário de Florianópolis, ocorre a entrega de uma moeda social, por meio de um aplicativo. São cadastradas as famílias com parceiros locais e acompanhamento de assistentes sociais.

Locais como bairro Monte Cristo e Chico Mendes têm sido beneficiados com a ideia. As entidades cadastram os negócios locais e o valor dado à família, deve ser gasto na própria comunidade. Incentiva o comércio local.

Explica Priscila que a Rede IGV também participa do Projeto Orgânicos Solidários.

“São pequenos produtores de orgânicos que não estavam conseguindo escoar sua produção. Começou no RJ e SP, foi trazido por um grupo da UFSC para cá, na Agronomia e Nutrição. Compram dos pequenos produtores e entregam dentro das comunidades. A receptividade das famílias tem sido muito boa. Cestas básicas não têm produtos de horta. Para isso precisam de mais doações. O IGV tem ajudado a divulgar esta ação. ”

6 – Legislativo é exemplo de ODS em São José

A Câmara de Vereadores de São Jose tornou-se signatária do Movimento Nacional ODS SC em 2019. O vereador Caê Martins tem sido um defensor da causa no legislativo. Ele relata que foi criada a Semana Municipal dos ODS em São José.

“O objetivo é levar a cultura da sustentabilidade para os nossos parlamentares. União, numa amizade cívica. Acreditamos na ação, principalmente no ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Neste sentido, devolvemos os R$ 3 milhões do duodécimo dos parlamentares para o Executivo, para investimentos em soluções e ações emergenciais da pandemia”, relata o vereador.

– A Câmara fez diversas sugestões para a Prefeitura, para aplicar os recursos na saúde, assistência social e também ações eficazes de promoção da própria economia do município.

– Segundo Caê, dentro do ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação, a Câmara também entregou recursos à Prefeitura para um fundo de R$ 150 mil para a compra de 2 mil cestas básicas.

“Sabemos que este valor é muito pouco para São José, mas era uma forma de colaboração direta de recursos próprios da Câmara. Também numa forma de aumentar o fundo, reduzimos em 20% os subsídios dos parlamentares para a composição desse valor”, conta o vereador.

A Câmara fez uma posição institucional pedindo ao Congresso Nacional que anulasse o Fundo Eleitoral e o Fundo Partidário como um grande desejo da sociedade brasileira de que esses fundos sejam revertidos a toda a ação de combate à Covid-19 e suas consequências por todo o Brasil.

Violência contra a Mulher

Caê cita questões que considera urgentes e efetivas, como o enfrentamento à violência contra a mulher, com acompanhamento permanente da comunidade no município.

“A violência tem aumentado neste período. Temos uma lei em São José que proíbe a nomeação de pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha no município, visando aprofundar com atos concretos o combate à violência. Também acompanhamos dados bem alarmantes de dados de violência contra crianças”, relata.

Ainda sobre a Câmara de Vereadores, Caê relata que os parlamentares têm cobrado do executivo ações de atendimento às crianças que passam fome por não estar nas escolas. Acompanham ação da Prefeitura para reverter aquela refeição e seja entregue nas casas.

“Todas essas ações têm conexões com a Agenda 2030. Que as políticas públicas estejam em consonância com a Agenda. ”

Banco Comunitário

Como pessoa física, Caê também relata ações de signatário. Ele trabalha como ponte entre instituições e pessoas. Com o Instituto Padre Alcione, estão buscando assessoria do Icom para um futuro banco comunitário, visando reduzir as desigualdades com economia solidária na comunidade do Pedregal.

“Temos encontros semanais, avançando bastante, buscando doadores e mapeando com o vale social, para este banco social do Pedregal. É uma ação eficaz liderada pelo Icom”, conta Caê.

Pessoas em situação de rua

Membro da pastoral da Caridade Social que trabalha com pessoas em situação de rua, Caê também conta que o grupo está na rede interssetorial de atendimento a esta população, com 13 grupos.

“Na pandemia já conseguimos compartilhar com essas pessoas mais de 17 mil refeições, atendendo o ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável. Temos sido interlocutores na Prefeitura para que essa população de rua tenha acesso à água e fizemos um grande trabalho para a reabertura do centro e do Abrigo Social, uma carência muito grave na Grande Florianópolis”, relata.

Violência sexual contra crianças

Outra ação é a questão da criança como sujeito de direitos. Mais de 1700 são crianças já eram vítimas de violência sexual e não tinham atendimento psicológico na região da Grande Florianópolis antes da pandemia, segundo Caê.

“Num trabalho constante com os conselheiros tutelares, temos solicitado informações do aumento desta violência durante o período da pandemia.Nos preocupa muito porque não há aulas presenciais, estamos sem essa realidade”, diz.

Trabalho Infantil

Segundo Caê, nos últimos 36 meses foram cadastrados quase 40 casos de crianças em situação de trabalho infantil. Muitas deixam de frequentar a escola. “Neste período de pandemia, precisamos combater essa realidade”, afirma.

– Chefe escoteiro do Grupo André Rovai, Caê também conta que seguem com dificuldades, atendendo jovens de 18 a 21 anos na busca de redução de desigualdades. Fazemos acompanhamento para desafios psicológicos e para ajudar nos projetos de vida para um futuro melhor desses jovens

Pobreza menstrual

Caê Martins encerra sua apresentação falando de ODS 5 – Igualdade de Gênero. Jovens mulheres pediram apoio a ele no combate à pobreza menstrual. O vereador formatou projeto de Lei, que, se aprovado, será a segunda cidade no Brasil com esta iniciativa.

“A proposta é distribuir absorventes nas escolas. Meninas abandonam a escola por não ter acesso a absorventes. É um item básico do direito de saúde da mulher. Não consigo entender como isso acontece. É um grande tabu na sociedade que devemos enfrentar. Mulheres de rua usam folhas de jornal ou papel de pão para conter seu fluxo menstrual”, denuncia o parlamentar.

7 – InstitutoNexxera e a tecnologia com inovação para o desenvolvimento de todos

Camile Furlan trabalha na Gestão de projetos de impacto socioambiental no Grupo Nexxera e apresentou ações no Webinário.Signatários desde 2011, levam adiante projetos de educação empreendedora de pessoas e negócios na Grande Florianópolis.

Devido à pandemia, o Instituto Nexxera enfrentou o desafio de desenvolver uma metodologia EaD em tempo recorde, e conseguiu atender empreendedores do Brasil inteiro, dentro do Programa NexxLabs.

O Instituto utiliza empreendedorismo como ferramenta de impacto sustentável em todos seus projetos e programas. NexxLabs está com espaço fechado devido à pandemia, mas acontece online atualmente. Visa promover cultura empreendedora.

“O trabalho existe há 3 anos, e desde inauguração, busca pessoas que desejam experimentar o futuro e se tornar agentes de transformação. Que as pessoas consigam se desenvolver, desenvolver seus projetos, negócios, novas tecnologias e gerar impacto sustentável e contribuir para a melhora da realidade de pessoas e territórios”, conta Camile.

Tem 3 projetos principais e 1 anexo

– Conexão de Impacto – para empreendedorismo

– Conexão Jovem, em escolas do município de Florianópolis para resolver problemas locais das comunidades. (Este projeto não está acontecendo, porque precisa da questão presencial).

– Conexão Startups – Onde elas geram crescimento econômico.

– Projeto de voluntariado cooperativo para desenvolver os demais projetos.

Segundo Camile, as ações ocorrem em várias etapas, gerando muito impacto e oportunidades a empreendedores, especialmente neste momento da pandemia. Todos os projetos continuam acontecendo normalmente, de forma online durante a pandemia.

Entre os diferenciais do programa estão as mentorias individuais e coletivas, Metodologia EaD, Experiências empreendedoras e networking qualificado.

Para participar, entre em contato com nexxlabs@nexxera.com – (48) 9 9903-1771.

8 – CAU abre edital para mitigação dos impactos da pandemia

O CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo foi apresentado no webinário por Antônio Couto Nunes. Ele relatou que o conselho alinha seu planejamento aos ODS desde 2018, buscando entender quais os indicadores são relacionados com as metas dos ODS.

“Todo o ano o CAU tem editais de patrocínio. Este ano, decidimos fazer o edital de forma relacionada à pandemia, com o nome de ‘Chamada Pública para projetos de enfrentamento da Covid-19’ – Habitação de interesse social, ensino, pesquisa e extensão”, conta Antônio.

Inscrições até 14 de junho

O CAU busca ampliar sua capacidade de ação em contato direto com as demandas da sociedade e minimizar o impacto da doença em SC. O edital tem duas categorias. Uma parte é relacionada à habitação de interesse social, ligada ao ODS 1 – Erradicação da pobreza, e ODS 11 –Cidades e Comunidades Sustentáveis, do qual o CAU é Apoiador Oficial.

A outra categoria é ensino, pesquisa e extensão, relacionada a ODS 3 – Saúde e Bem-Estar e ODS 17 – Parcerias e meios de implementação. Antônio cita como um exemplo de ação que concorre a recursos no edital, a instalação de lavatórios em comunidades, como foi apresentado pelos Engenheiros sem Fronteiras.

Por conta da emergência da pandemia, Antônio informou que a inscrição para este edital ocorre de 1 a 14 de junho. Veja mais informações aqui. O processo é 100% online para facilitar o acesso a entidades. Mais informações em atendimento@cau.gov.br ou (48) 9 3225-9599 (WhatsApp), com Antônio.

9 – CPDI e a democratizando da informática nas áreas rurais

O CPDI – Comitê para Democratização da Informática teve suas ações apresentadas por Cleusa Kreusch. Ela falou sobre o projeto que trabalha mais do que nunca com o tema da pandemia.

“Esta ação muito orgulha a CPDI por colocar em prática os ODS diariamente. O projeto busca formar filhos e netos de produtores rurais, tornando-os jovens conscientes, empreendedores e com uma visão abrangente, usando as tecnologias da informação e comunicação como uma ferramenta de auxílio nas suas atividades dentro do campo”, relata Cleusa.

Segundo Cleusa, não somente é trabalhada a inclusão digital, mas o empoderamento digital, para que o jovem utilize o que aprendeu dentro das suas propriedades e nas suas comunidades para melhorar a realidade onde está inserido. Esses jovens se tornam multiplicadores e colocam em práticas nos locais os aprendizados junto a suas famílias.

– 2778 Alunos diretamente atendidos em SC, PR e RS.

– Este ano, cerca de 530 alunos participando.

“Chamamos de espaços cidadãos. A informática é um meio, e o que eles fazem a partir dali é o que importa. O CPDI faz melhorias nas escolas, implantando salas informatizadas, com informática básica, programação, robótica, alinhando com os ODS”, explica a signatária.

Tecnologia no campo

Cleusa cita alguns exemplos de trabalhos de alunos neste projeto. Um deles foi o projeto de robótica, voltado para o problema do assoreamento dos rios quando há enchentes. Ela também citou painéis fotovoltaicos instalados em uma escola para economia de eletricidade e para que o dinheiro que seria gasto seja revertido em melhorias na escola. O projeto alcança mais intensamente os ODS 2, 4, 6, 7, 10, 11, 12 e 17.

Lixo eletrônico que retorna à sala de aula

O projeto retira de circulação materiais de informática descartados e reaproveita para laboratórios dos alunos. Conta Cleusa que em 2019, o projeto Escola Rural foi um dos três finalistas do Prêmio ODS e, por causa disso, a Comissão Econômica da América Latina e Caribe para Nações Unidas escolheu o projeto para um repositório de casos sobre o Big Push para a Sustentabilidade no Brasil.

Projetos a pleno vapor na pandemia

Segundo a signatária, na quarentena, o CPDI continua os projetos com acompanhamento remoto, e seguem diariamente com os alunos. Isto para manter trabalho de professores e o ensino de alunos, mesmo com as dificuldades de acesso de uma parte das turmas. No RS, o governo está dando apoio e investindo em dados de internet para alunos que precisam no projeto. Mais informações sobre a CPDI e estes projetos aqui.