Armário Coletivo permite ter sem comprar

, Regina 13 de outubro de 2016
 Armário Coletivo permite ter sem comprar

Uma moradora de Florianópolis criou um armário coletivo para que as pessoas coloquem roupas que não usem mais e outras aproveitem aquilo que precisam. O primeiro móvel foi colocado em uma rua do bairro Vargem Pequena para que todos possam deixar e levar as peças que quiserem. Mas a ideia já está se multiplicando pela capital: hoje já existem Armários Coletivos no Sapiens Parque (no norte da ilha), no Centro de Inovação Acate Primavera (na SC-401) e também no bairro Costa de Dentro (no sul da ilha). A ideia é promover o descarte consciente, ajudando a criar uma nova cultura de consumo, de compartilhamento, de troca e de reaproveitamento.

 

A idealizadora do projeto é Carina Zagonel que há dois anos deu início à ideia com um par de tênis.

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“Eu me deparei com o tênis do meu filho e não ia até um lugar só para doar uma peça. Aí eu fiz uma plaquinha ‘Deixe aqui o que não quer mais, mas pode servir para outros’, coloquei na esquina da minha casa e coloquei o tênis. E foi uma surpresa porque dali, daquela calçada, começaram a surgir um monte de coisas”.

 

O Armário Coletivo não oferece só roupas e calçados. “São coisas que, do ponto em que estão, ainda podem ser aproveitadas. Brinquedos, livros, revistas, entre outros”, explicou Carina. Ela faz tudo com a ajuda do marido, que faz os armários com material reaproveitado. “Executo a construção deles com as minhas ferramentas, minha habilidade e gostaria que a comunidade participasse também”, disse o artesão Albano Bernardes.

 

A moradora do bairro Costa de Dentro, Sué Davanture, ficou animada em ver a ideia funcionando na comunidade onde ela mora. “Muito boa essa iniciativa. Passo no Armário todos os dias e sempre tem novidades e em muito bom estado. Sempre tem alguém arrumando também”, conta Sué.

 

Para a idealizadora, esse é um movimento que não tem mais volta. “Percebo que mais pessoas estão aderindo a esta nova moeda, a do compartilhamento. Faz bem para as pessoas e faz bem para o mundo”, afirma Carina.