Projeto Conservador das Araucárias tem como meta a restauração de áreas degradadas da Mata Atlântica

, Carine Bergmann 25 de abril de 2022
 Projeto Conservador das Araucárias tem como meta a restauração de áreas degradadas da Mata Atlântica

Lançado no dia 19 de abril, o projeto Conservador das Araucárias visa a restauração ambiental e tem como foco a recuperação de áreas rurais degradadas por meio do plantio de espécies nativas, impactando positivamente nas comunidades locais, fauna e flora da Mata Atlântica.

Desenvolvido em parceria com a Tetra Pak, líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos, a iniciativa irá se concentrar, em seu primeiro ano, na restauração de uma área piloto de 80 hectares e no mapeamento de áreas potenciais de recuperação. Os modelos validados durante a fase inicial serão replicados ao longo de dez anos em uma área de 7 mil hectares de Mata Atlântica distribuídos pelos estados de Santa Catarina e Paraná. A área equivale a 9.800 campos de futebol.

Conservador das Araucárias é a nossa resposta ao chamado das Nações Unidas de fazer desta a década da restauração de ecossistemas”, explica Julian Fox, Diretor Global de Nature Programs na Tetra Pak. “Estamos entusiasmados com as perspectivas deste projeto, que visa conectar diversos grupos da sociedade brasileira no desenvolvimento de um modelo inovador, unindo restauração ambiental e análise de captura de carbono para mitigação das mudanças climáticas e recuperação da biodiversidade”, completa o executivo.

Entre as metodologias propostas estão o plantio de mudas nativas, o enriquecimento ecológico de florestas secundárias e a condução da regeneração natural”, complementa Miriam Prochnow, conselheira e co-fundadora da Apremavi. “No longo prazo, as áreas restauradas serão integradas a corredores ecológicos, reduzindo a pressão sobre as espécies animais ameaçadas de extinção como o papagaio-do-peito-roxo e o veado-campeiro. Essas ações são fundamentais para a proteção da biodiversidade, a restauração da qualidade do solo e na manutenção da disponibilidade de água da região”.

Além disso, a Tetra Pak certificará a área em carbono voluntário e de biodiversidade seguindo padrões internacionais. A certificação medirá o sequestro de carbono, o que significa que o projeto terá um papel fundamental no compromisso da companhia de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa em suas operações até 2030. Mas a Tetra Pak viabilizará a certificação de uma área mais ampla do que a prevista para a restauração: serão 13,7 milhões de hectares – uma área do tamanho da Inglaterra – de forma a incentivar outras organizações a aderirem à iniciativa.

No médio e longo prazos, o projeto pretende gerar benefícios sociais e econômicos à região, com o apoio aos proprietários rurais parceiros na adequação de suas propriedades à legislação ambiental. Além disso, haverá a oportunidade de diversificação de renda por meio do Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais vinculado a créditos de carbono, algo inédito no país. 

Este é um importante passo para a Tetra Pak globalmente e em nosso país rumo a liderança na transformação da sustentabilidade. Nós já somos reconhecidos pelo compromisso de longo prazo com o meio ambiente e a cadeia de reciclagem e este projeto reforça a nossa jornada em sustentabilidade, encorajando proprietários de terras rurais a se tornarem aliados na preservação e conservação destas áreas, enquanto poderão ter uma diversificação de renda”, complementa Marco Dorna, presidente da Tetra Pak Brasil. 

A iniciativa terá o acompanhamento da Conservation International (CI), da The Nature Conservancy Brasil (TNC) e da Klabin, fornecedora de matéria prima da Tetra Pak e parceira de longa data da Apremavi nos Programas Matas Legais e Matas Sociais

A Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) é signatária do Movimento Nacional ODS Santa Catarina, e esta ação está diretamente relacionada com o ODS 15 – Vida Terrestre:

Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.

Meta 15.1

Até 2020, assegurar a conservação, recuperação e uso sustentável de ecossistemas terrestres e de água doce interiores e seus serviços, em especial florestas, zonas úmidas, montanhas e terras áridas, em conformidade com as obrigações decorrentes dos acordos internacionais.

Indicadores
15.1.1 – Área florestal como proporção da área total do território.
15.1.2 – Proporção de sítios importantes para a biodiversidade terrestre e de água doce cobertos por áreas protegidas, por tipo de ecossistema.

Fonte: Release de imprensa Tetra Pak e Apremavi; IPEA.